domingo, 2 de maio de 2010

COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA FLORESTA/ÁRVORE, POESIA, PRIMAVERA E DA ÁGUA

“Era uma vez – em tempos muito antigos, no arquipélago do Japão – uma árvore enorme que crescia numa ilha muito pequenina.Os japoneses têm um grande amor e um grande respeito pela Natureza e tratam todas as árvores, flores, arbustos e musgos com o maior cuidado e com um constante carinho.
Assim, o povo dessa ilha sentia-se feliz e orgulhoso por possuir uma árvore tão grande e tão bela: é que em nenhuma outra ilha do Japão, nem nas maiores, existia outra árvore igual. Até os viajantes que por ali passavam diziam que mesmo na Coreia e na China nunca tinham visto uma árvore tão alta, com a copa tão frondosa e bem formada.E, nas tardes de Verão, as pessoas vinham sentar-se debaixo da larga sombra e admiravam a grossura rugosa e bela do tronco, maravilhavam-se com a leve frescura da sombra, o suspirar da brisa entre as folhagens perfumadas.Assim foi durante várias gerações. (...)”
A árvore, Sophia de Mello Breyner Andresen
No dia 21 de Março, o grupo de Língua Portuguesa participou na comemoração do Dia Mundial da Árvore/Floresta com a exposição de trabalhos realizados pelos alunos do 5º ano de escolaridade. A comemoração deste dia está relacionada com a obra estudada na sala de aula: “A Árvore”, de Sophia de Mello Breyner Andersen. Os trabalhos tiveram como base o livro com a apresentação da biografia e bibliografia da autora em questão, com a elaboração de resumos da obra, com a realização de flores em cartolina nas quais os alunos escreveram poemas de escrita livre alusivos ao tema do dia em questão. Estes trabalhos não só comemoraram este dia mas também em associação com o Dia Mundial da Poesia, da Primavera e da Água (22 de Março). Estes trabalhos foram realizados pelos alunos do 5º ano das turmas A, B, C e D. A exposição dos trabalhos realizou-se no átrio da escola. Todos os alunos participaram activamente e de forma empenhada nesta actividade.
“Depois de muito pensar (o mastro grande, que tinha sido tirado do cerne da velha árvore, continuava são e bem conservado) resolveram fazer uma biwa, que é uma espécie de guitarra japonesa.Quando a obra ficou pronta, a população reuniu-se na praça principal e sentaram-se em silêncio em redor do melhor músico da ilha para ouvirem o som da biwa.
Mas, mal os dedos do músico fizeram soar as cordas, de dentro da biwa ergueu-se uma voz que cantou:

A árvore antiga
Que cantou na brisa
Tornou-se cantiga

Então, todos compreenderam que a memória da árvore nunca mais se perderia, nunca mais deixaria de os proteger, porque os poemas passam de geração em geração e são fiéis ao seu povo.”
A árvore, Sophia de Mello Breyner Andresen

As professoras de Língua Portuguesa, 5º ano de escolaridade
Madalena Osório e Letícia Torres

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