terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O melhor Natal de sempre

Era uma vez um menino chamado Renato que adorava o Natal, mas nunca o festejava, porque a família não gostava muito desta data festiva.
O Natal estava a chegar e Renato brincava em casa do seu amigo Rodrigo. De repente, Rodrigo perguntou a Renato o que ia fazer no Natal. Renato respondeu:
- Neste natal, vou fazer o que faço sempre… nada...
Rodrigo ficou triste ao ouvir aquelas palavras, por isso perguntou-lhe se ele queria passar o Natal com ele. Mas Renato estava habituado a passar o serão de Natal com a família, no sofá, vendo filmes e comendo pipocas, junto à lareira, por isso já não se importava.
A conversa entre os dois amigos parecia não ter fim. Falaram, falaram, falaram… e nem deram conta do tempo a passar. O sol foi tapado os seus olhitos e Renato tinha de ir embora, porque a sua casa ainda ficava longe da do Rodrigo.
Então despediram-se:
- Tchau, Renato, e feliz natal! – Disse-lhe Rodrigo.
- Tchau, Rodrigo, e feliz natal para ti também! - Respondeu-lhe Renato, um pouco triste.
Estava uma noite muito fria e NovaYork estava coberta de neve. Renato caminhava pela a estrada fora, sozinho e cheio de frio. A dada altura, viu uma montra de uma loja a brilhar muito. Os enfeites de Natal eram muito bonitos e prenderam logo a atenção de Renato.
Renato, como era muito curioso, atravessou a rua e foi ver a montra. Quando lá chegou, ficou muito admirado por ver tanta coisa bonita e a brilhar. Renato decidiu parar um bocado e, numa estante da loja, viu um carro telecomandado. Ele nunca tinha visto um carro daqueles. A família dava-lhe carros, mas não eram nada atraentes, comparados com a aqueles. Quando Renato viu as horas, já era tardíssimo e continuou a andar até chegar a casa.
Maria e João, os pais de Renato, já estavam preocupados com ele, porque já era quase hora de jantar e ele ainda não tinha chegado. De repente, os pais de Renato ouviram a porta a bater. Alguém caminhava pelo corredor da casa. Renato tinha chegado a cas, todavia estava triste. Imediatamente correu para o seu quarto.
Os pais, estranhando aquela atitude do filho, foram ter com ele ao quarto e viram-no triste, sentado na cama.
- Que se passa, filho? Chateaste-te com o Rodrigo? - Perguntou a mãe!
- Não, mãe, não me chateei com Rodrigo.
- Então o que é que se passa para estares assim? - Perguntou o pai.
- É que nós nunca festejamos o natal e eu nunca tenho prendas… - respondeu-lhes Renato, soluçando de tristeza.
- Mas tu sabes que para nós a festa natalícia é igual a todas as outras festas. Também sabes que não temos dinheiro para te dar presentes. - Disseram-lhe os pais.
- Mas eu queria um carro telecomandado… Gostava tanto de festejar o Natal uma única vez na vida. Toda a gente festeja… só nós é que nunca festejamos nada. Já estou farto de passar um dia tão divertido, cheio de doçuras e prendas, sentado no sofá a ver filmes.
Os pais de Renato ficaram sentidos com o que o filho lhes disse e então tiveram uma conversa acerca do festejo do Natal.
Já era 24 de Dezembro, véspera de natal, e Renato foi com os pais passear. De novo viu a montra e pediu aos seus pais para irem com ele ver uma coisa. E assim foi!
Quando chegaram à loja, Renato disse aos pais qual era o carro que ele queria e os pais disseram-lhe:
- Renato, nós não temos dinheiro para o carro telecomandado, porque é muito caro.
Renato, ao ouvir aquilo, desatou a chorar e foi a correr para casa.
Maria e João ficaram muito tristes por verem o filho daquela maneira. Então decidiram comprar-lhe o carro e festejar o Natal de uma forma diferente.
No dia 25 de Dezembro, Renato acordou e viu, no seu quarto, um colar de azevinho. Ele achou aquilo muito esquisito. Muito triste, o menino desceu para ir tomar o pequeno almoço. Quando olhou para a sala, viu um lindo pinheiro cheio de enfeites, prendas e uma mesa recheada de coisas deliciosas. Ele, de contente, deu um salto de alegria.
- Feliz Natal! - Disseram-lhes Maria e João.
- Mãe e pai, vocês fizeram isto tudo para mim?
- Sim, filho. Nós finalmente percebemos que o Natal é uma festa divertida e que para ti é muito importante festejá-lo.
- Agora vai abrir o maior presente que está no pinheirinho.
E lá foi Renato abrir o presente.
- Uau! É o carro telecomandado que eu tanto queria…
Muito, muito obrigado, pais. Vocês são os melhores pais do mundo.
Todos ficaram contentes e, a partir daí, Renato, Maria e João festejaram sempre o natal.


Tânia Raquel Teixeira Carvalho - 8ºA

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